Catharina Sour é um estilo?

Catharina Sour é o primeiro estilo brasileiro de cerveja a integrar o Beer Judge Certification Program (BJPC). O estilo, idealizado e produzido por cervejarias de Santa Catarina, foi incluído como um dos estilos provisórios no guia de juízes e pode agora ser oficialmente incluída em concursos internacionais. O anúncio ocorreu no dia 04/07/2018.

O Beer Judge Certification Program é uma das principais organizações de certificação mundial para juízes de cerveja e bebidas fermentadas relacionadas. Fundado em 1985, está presente em mais de 40 países e tem mais de 7 mil juízes ativos no programa.

O presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) e um dos criadores do estilo, Carlo Lapolli, afirma que a intenção da Catharina Sour virar um estilo já vinha se cumprindo. “Quando começamos a pensar em um estilo diferente, pensamos em algo que pudesse gerar discussão e debate sobre as cervejas produzidas no Brasil. Isso já tem acontecido nas rodas de conversa, nos concursos e nas divulgações sobre o nosso mercado. Agora, esse movimento só ganha mais força”, diz.

A história da Catharina Sour começou em 2015, em Santa Catarina, entre os produtores caseiros que decidiram produzir algo em comum. Em Agosto de 2016, por  meio da Associação Catarinense das Cervejas Artesanais (Acasc), eles organizaram um workshop que contou com a participação de mais de 20 cervejarias, que passaram a produzir a Catharina Sour profissionalmente.

Santa Catarina é uma referência para o mercado cervejeiro do Brasil. Cerca de 10% dos municípios do estado contam com empresas ligadas ao segmento. São 43 microcervejarias em funcionamento e mais 17 entre ciganas (produzidas de maneira terceirizada), brewpubs (bares que produzem a própria bebida) e indústrias em implantação.

Características da Catharina Sour

O colunista do Bom Gourmet e sommelier de cerveja, Luís Celso Jr, explica que o estilo Catharina Sour seria semelhante ao Berliner Weisse, estilo alemão de cervejas tradicional da região da capital do país europeu. “Ele é feito com trigo, porém é leve e refrescante, tendo perfil ácido. As Catharinas Sours teriam álcool sutilmente mais alto e aproveitam essa base para acrescentar diversas frutas diferentes na receita”, afirma. Há diversas versões no mercado feitas com maracujá, pêssego, uva, cupuaçu e amora.

No BJPC, a Catharina Sour é descrita como uma cerveja leve e refrescante, com baixo amargor (2 a 8 IBU) e uma acidez lática, normalmente pelo uso de alguma cepa de Lactobacillus no método Kettle Sour, equilibrada pela adição de frutas frescas. O corpo leve, teor moderado de álcool (de 4,0% a 5,5%) e boa carbonatação permitem que o sabor e aroma de fruta sejam o principal foco da cerveja. Recomenda-se o consumo o mais fresco possível.

A Astúcia fará uma Catharina Sour?

Já fizemos alguns testes de receitas neste estilo, chamando-os ou não de Catharina Sour, encaixariam no estilo.  Quem sabe num futuro próximo teremos uma disponível em nosso portfólio.

Fontes:

http://revistabeerart.com/news/cerveja-de-sc

http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/catharina-sour-estilo-brasileiro-cerveja/

http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/catharina-sour-e-o-primeiro-estilo-brasileiro-entrar-guia-mundial-de-cerveja/

http://dev.bjcp.org/beer-styles/x4-catharina-sour/

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